GESTÃO ESCOLAR
Este blog pessoal foi criado para compartilhar experiências com Gestores e Professores que amam sua profissão assim como eu. Sou idealista e acredito que podemos mudar uma realidade, basta querermos e acreditarmos.
Aqui terá de tudo um pouquinho...Navegue e compartilhe comigo.

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Olá!
Eu sou a professora Silvia.
Leciono há 20 anos.
Estou como gestora em escolas de Educação Infantil há 11 anos. Sou pedagoga pós graduada em psicopedagogia clinica e institucional. Atualmente faço outra especialização em Gestão Escolar, pela UFSCAR.
Lidar com pessoas é uma missão bastante difícil, em se tratando das diferenças de cada um.
Gosto muito do que faço.
A cada dia que passa aprendo um pouquinho mais.
Este cantinho eu criei para compartilhar com você experiências vividas em minha prática pedagógica. Aqui terá também dicas importantes, sugestões de atividades, mensagens, dinâmicas de grupo, textos, artesanato, reciclagem e muito mais. Espero poder aprender um pouquinho com você. Um beijo no seu coração!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

TRABALHO EM EQUIPE

SABERES DIFERENTES... TRABALHO EM EQUIPE
(Marcos Fabossi)

Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro, e em uma dessas travessias, estavam um advogado e uma professora.
Durante a travessia, o advogado pergunta ao barqueiro:
- Meu caro barqueiro, você entende de leis?
- Não senhor, não entendo nada sobre leis – responde o barqueiro.
E o advogado, compadecido comenta:
- É uma pena. Você perdeu grande parte da sua vida!
O barqueiro pensa, reflete, mas nada responde.
A professora então, muito simpaticamente entra na conversa:
- Senhor barqueiro, o senhor sabe ler e escrever?
- Também não sei senhora – responde o remador.
- Ah, que pena – lamenta a mestra – Você perdeu grande parte da sua vida!
O barqueiro novamente pensa um pouco, sorri, mas nada responde.
Mas eis que subitamente uma onda muito forte vira o barco.
O canoeiro, então preocupado, grita e pergunta:
- Vocês sabem nadar???!!!
- Não! – ambos responderam rápida e desesperadamente.
- Que pena! – gritou o barqueiro – Vocês perderam toda uma vida!
.
“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”. (Paulo Freire)
.
Um grupo se torna uma equipe quando…
Existe a disposição em ouvir e considerar as experiências e saberes de cada pessoa;
A complementaridade e interdependência se estabelecem;
Cada um se dispõe a fazer o seu melhor, e não apenas o suficiente;
Existe disposição de compartilhar objetivos, decisões, responsabilidades e resultados;
Todos percebem a importância de trabalharem juntos para alcançar objetivos comuns;
Se dão conta de que o fracasso de um significa o fracasso de todos, e que o sucesso de todos depende do sucesso de cada um;
Cada um decide aprimorar as relações interpessoais e valorizar a comunicação aberta e sincera entre os membros da equipe;
Cada pessoa se convence de que sozinhos podemos ir mais rápido, mas juntos podemos ir muito mais longe, e finalmente…Quando o líder entende que todo resultado é fruto do trabalho de várias mãos.

O PIQUENIQUE DA TARTARUGA
(Marcos Fabossi)



A família de tartarugas decidiu sair para um piquenique, e por serem naturalmente lentas, levaram alguns dias para prepararem-se para seu passeio. Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado, e durante o segundo dia da viagem encontraram o lugar ideal!
Elas levaram algumas horas para limpar a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos. Quando elas estavam prontas pra comer, descobriram que tinham esquecido o sal. Poxa, todas concordaram que um piquenique sem sal seria um desastre, e após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas.
A pequena tartaruga lamentou, chorou, e esperneou, mas concordou em ir com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. A família concordou e a pequena tartaruga então saiu para buscar o sal.
Três dias se passaram e a pequena tartaruga ainda não havia retornado. Cinco dias… Seis dias… Então, no sétimo dia, a tartaruga mais velha, que já não agüentava de tanta fome, anunciou que ia comer, e começou a desembalar um sanduíche.
Quando ela deu a primeira “dentada” no sanduíche, a pequena tartaruga saiu detrás de uma árvore e gritou:
- Ahhãããããã! Eu tinha certeza que vocês não iam me esperar. Agora é que eu não vou mesmo buscar o sal!
.
No trabalho em equipe, e também em nossas vidas, muitas vezes as coisas acontecem mais ou menos desse jeito. Desperdiçamos muito tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas, e ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo, que deixamos de fazer a nossa parte; de fazer o que se espera de nós.
Entre o estímulo e a resposta, há um espaço, onde estão a liberdade e o poder de mudar as nossas escolhas. Entre qualquer coisa que tenha acontecido ou esteja acontecendo a você neste momento, e a sua resposta a elas, há um espaço em que você tem a liberdade e o poder de escolher a sua resposta. E estas respostas é que vão governar o seu crescimento, suas realizações e suas contribuições para que você e sua equipe se tornem cada vez melhor.
Se os outros não estão fazendo a parte que lhes compete, em vez de deixar-se influenciar por esta situação, escolha fazer o melhor, decida fazer a sua parte com excelência, porque dessa maneira você é quem influenciará as pessoas, ajudando a tornar a equipe e o ambiente de trabalho melhores a cada dia.


TRABALHO EM EQUIPE

Texto motivacional – A ratoeira

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos – Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, então, disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:
- O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua ví­tima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.
O problema de um é problema de todos quando convivemos em equipe.”
O sucesso de qualquer negócio depende de todos nós.




Texto motivacional – O jovem e as estrelas-do-mar


Numa praia tranqüila, junto a uma colônia de pescadores, morava um escritor. Todas as manhãs, ele ficava passeando pela praia, olhando as ondas. Assim, ele se inspirava para o trabalho e à tarde ficava em casa mais motivado escrevendo
Um dia, caminhando pela areia, ele viu um velho que parecia dançar. Chegou mais perto e viu que era um jovem, pegando na areia as estrelas do mar, uma por uma e jogando-as de volta ao oceano
E aí? – disse o jovem num sorriso, sem parar o que fazia.
- Por que você está fazendo isso? Perguntou-lhe o escritor, curioso.
- Não vê que a maré baixou e o Sol está brilhando forte? Se essas estrelas-do-mar ficarem aqui na areia vão secar no Sol e morrer!
O escritor até que achou bonita a intenção do garoto, mas deu um sorriso e comentou:
- Só que existem milhares de quilômetros de praia por esse mundo afora, meu caro. Centenas de milhares de estrelas-do-mar devem estar espalhadas por todas essas praias, trazidas pelas ondas. Você aqui, tendo todo esse trabalho, jogando umas poucas de volta ao oceano, que diferença faz?
- O jovem olhou para o escritor, pegou mais uma estrela na areia, jogou na água do mar, voltou a olhar para ele e disse:
- Pra essa, eu fiz diferença.
Naquela tarde, o escritor não conseguiu escrever. À noite, mal conseguiu dormir. De manhãzinha, bem cedo foi para a praia.
O jovem pegava as primeiras ondas do dia com sua prancha e logo veio também para a areia. Juntos com o Sol, ainda manso e começando a subir, começaram a jogar as estrelas-do-mar de volta ao oceano.

“Você deve fazer diferença na vida. Passar pela vida e viver. Participar da Criação e contribuir com alguma coisa.”

Para fazer diferença no mundo, você não precisa ser um líder político, um gênio da ciência ou uma super estrela. Cada um no seu campo, tem seu modo de criar e atuar positivamente na vida. Não copie o jeito do outro, e não faça aquilo que os outros querem que você faça: você precisa atuar com o seu próprio jeito, o seu talento, motivado, acreditar e gostar realmente do que faz…
Afinal, você é imagem e semelhança de DEUS e veio ao mundo para viver de forma especial e levar a sua mensagem as outras pessoas




segunda-feira, 11 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

MENSAGENS PARA REUNIÃO DE PAIS

QUERIDOS E QUERIDAS COLEGAS DE TRABALHO, AQUI VÃO ALGUMAS SUGESTÕES DE MENSAGENS PARA DINAMIZAR SUAS REUNIÕES DE PAIS:


















quinta-feira, 7 de julho de 2011

FRESE DO DIA..


"COM O TEMPO VOCÊ APRENDE QUE NÃO SE IMPORTA EM QUANTOS PEDAÇOS SEU CORAÇÃO FOI PARTIDO, O TEMPO NÃO PARA PARA QUE VOCÊ CONSERTE E NEM TÃO POUCO VOLTA ATRÁS"

(WILLIAN SHAKESPARE)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

FESTA JUNINA

OLHA SÓ O QUE EU E MINHA EQUIPE PREPAROU PARA ENFEITAR UMA MESA DE FESTA JUNINA DA NOSSA ESCOLA:



E AÍ, GOSTARAM? BEIJOCAS...



TEXTOS BACANAS


O papel do gestor escolar não se resume em cumprir e fazer cumprir as leis e regulamentos ,as decisões, os prazos para desenvolvimento dos trabalhos e transmitir a seus subordinados a estratégia a ser adotada no desenvolvimento desses trabalhos.
O gestor deve ser democrático, opinar e propor medidas que visem o aprimoramento dos trabalhos escolares, o sucesso de sua instituição, além de exercer sua liderança administrativa e pedagógica, visando a valorização e desenvolvimento de todos na escola.
A liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida e exercida a cada dia.
O gestor escolar deve agir como  líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe.
Um gestor líder é capaz  de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta sinta-se capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino.
Para conduzir sua equipe o gestor competente sempre tem uma propósito a ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar seus objetivos. Esse é o ponto de partida para que as ações da equipe escolar sejam bem sucedidas e quando uma de suas estratégias falha, o gestor educacional incentiva sua equipe  a descobrir o que é necessário fazer para dar um passo a diante.
O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não limita-se a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos  possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar:  a aprendizagem dos alunos.
Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos, tem nesse fator sua maior propaganda de marketing, pois justamente  por se sentirem satisfeitos com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão mais em colaborar com o desenvolvimento das atividades escolares, projetos e até mesmo na divulgação  do nome da instituição de ensino.
É fundamental ao gestor a habilidade em gerenciar conflitos, pois toda instituição escolar, assim como qualquer outra instituição muitas vezes se depara com conflitos que podem ocorrer entre os membros da equipe,já que cada ser humano possui características individuais.; conflitos esses que podem ser  ocasionados por fatores externos ou internos ao ambiente de trabalho.
Por outro lado, é necessário acreditar  no potencial que cada indivíduo possui, mesmo que esse potencial ainda precise ser desenvolvido e  ouvir o que as pessoas têm a dizer  é essencial quando se pratica a liderança, pois acredito ser impossível para um líder desenvolver trabalhos e conquistar sozinho seus objetivos. O ponto de vista de cada integrante da equipe é importante para a conquista de objetivos em comum. O trabalho em equipe, as opiniões diferenciadas e o pensamento individual de cada um são fundamentais para que se construa o sucesso coletivo.

Sâni
Publicado no Recanto das Letras em 26/04/2008
Código do texto: T963581




Por que escolas semelhantes são, muitas vezes, tão diferentes? Vemos escolas com o mesmo orçamento, os mesmos recursos, que atendem o mesmo público, ficam no mesmo bairro, e mostram resultados bem discrepantes.

O que é essencial para ter uma escola diferenciada? Uma boa escola começa com um bom gestor. Muitos excelentes professores são maus gestores, administradores. O bom gestor é fundamental para dinamizar a escola, para buscar caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo.

No meio de tantas escolas públicas com tantos problemas, visitei várias vezes uma escola municipal da periferia de São Paulo. A escola era simples, com um clima cordial entre os professores e funcionários. A maioria está lá há muito tempo. Qual o segredo? O diretor. Um homem dinâmico, acolhedor e que conversa com professores e alunos, atrai pessoas da comunidade para apoiar a escola. Não tem grandes recursos, tem pessoas motivadas, unidas pela amizade e o carisma do gestor. Um bom gestor muda uma escola. “Uma direção motivada, orientada por metas claras compartilhadas com professores, pais e alunos é onde tudo começa. Devido às baixas condições de trabalho, o que vemos, no Brasil, especialmente na periferia das grandes cidades, é uma alta rotatividade de diretores e de professores, além de um excesso de faltas; há diretores que não ficam mais do que um ano à frente de uma escola. Não se premia quem se esforça nem se pune quem demonstra baixo desempenho e, para completar, o envolvimento dos pais é pequeno e o currículo, desinteressante”. [1]

O exemplo de Gary Wilson, que recuperou sete escolas públicas carentes, é fundamental para enxergar os caminhos da nova gestão escolar. “Em 2000, a Lochburn Middle School, escola do distrito de Clover Park, no estado de Washington, estava para fechar as portas: o rendimento de seus 800 alunos era muito inferior ao mínimo exigido pela avaliação externa feita periodicamente pelo governo. Em um dia normal, raramente a presença dos alunos chegava a 50%. Os professores, havia muito, tinham desistido de ensinar. Hoje essa unidade é um modelo de escola bem-sucedida. O que aconteceu nesse período? A escola foi praticamente "adotada" pela comunidade: sindicatos, igrejas, estabelecimentos comerciais e entidades não governamentais começaram a participar do processo de ensino e aprendizagem entrando na sala de aula para ajudar estudantes que tinham dificuldades, assumindo a responsabilidade de orientar os jovens durante a sua trajetória escolar até a universidade. Grandes e pequenas empresas doam dinheiro e recursos materiais para que nada falte aos alunos” [2] .

O trabalho primeiro do gestor Gary Wilson é motivar professores, funcionários e alunos, valorizando-os, escutando-os e depois traçando um plano de ação focando o que é prioritário. Depois envolve as lideranças do bairro, os meios de comunicação locais e o trabalho voluntário de tutoria da comunidade. Se escolas condenadas se recuperaram, qualquer escola pode ser atuante, inovadora.

Uma escola que se articula efetivamente com os pais (associação de pais), com a comunidade, que incorpora os saberes da comunidade, que presta serviços e aprende com ela.

Uma escola que prepara os professores para um ensino focado na aprendizagem viva, criativa, experimentadora, presencial-virtual, com professores menos “falantes”, mais orientadores, ajudando a aprender fazendo; com menos aulas informativas e mais atividades de pesquisa, experimentação, projetos; com professores que desenvolvem situações instigantes, desafios, solução de problemas, jogos.

Uma escola que fomenta redes de aprendizagem, entre professores das mesmas áreas, e, principalmente, entre alunos; que aprendem com os pares. O aluno aprende com o colega, o mais experiente ajuda ao que tem mais dificuldades. Como nos projetos aluno-monitor (da Microsoft).

Uma escola com apoio de grandes bases de dados multimídia, de multi-textos de grande impacto (narrativas, jogos de grande poder de sensibilização), com acesso a muitas formas de pesquisa, de desenvolvimento de projetos.

Uma escola que privilegia a relação com os alunos, a afetividade, a motivação, a aceitação, o conhecimento das diferenças. Que envolve afetivamente os alunos, dá suporte emocional, que leva a que os alunos acreditem em si mesmos.

As organizações são compostas por pessoas. Quanto mais evoluem as pessoas, mais evoluem as organizações [3] . Educadores e gestores mais abertos, confiantes, bem resolvidos podem compreender melhor e implantar novas formas de relacionamento, de cooperação no processo de ensinar e aprender. Estão atentos para o novo, conseguem ouvir os outros e expressar-se de forma clara, não ficam ressentidos porque suas idéias não foram eventualmente aceitas. Cooperam em projetos que foram decididos democraticamente, mesmo que não coincidam com todos os seus pontos de vista.


"É difícil implantar uma mudança educacional porque as escolas têm pouquíssimo tempo para se dedicarem a inovações", justifica o sociólogo Boudewijn van Velzen, coordenador de assuntos internacionais do APS (Centro Nacional pelo Aperfeiçoamento das Escolas). [4] O sociólogo garante que decisões tomadas nos gabinetes não levam materiais didáticos até os alunos nem aumentam a freqüência em bibliotecas e laboratórios. "Se, na escola, os diretores e professores não se mexerem, nada acontecerá", afirma. "O resultado de uma grande reforma está no conjunto dos pequenos passos dados nas milhares de escolas de todo o Estado."

De acordo com o APS, cada problema da escola deve ser atacado por meio de um plano de ação, elaborado a partir das seguintes questões: Que objetivo se pretende alcançar? O que será feito? Quem irá participar de cada etapa da atividade? Como e quando elas serão realizadas? Quais os resultados previstos para cada fase do trabalho?. O plano deve ser específico, mensurável, atraente, realista e executado a tempo, ou seja, precisa ser smart (iniciais de specific, measurable, attractive, realistic e (on) time).

Vale a pena destacar, entre muitos outros, os projetos de escolas inovadoras como a Escola da Ponte de Portugal [5] , a Escola Lumiar [6] (SP) e a Escola Municipal Amorim Lima, SP [7] .

Na contramão, diante da competição feroz por novos alunos, existem alguns sistemas de ensino padronizados, de alcance nacional e internacional, que comercializam modelos de ensino prontos para milhares de escolas no país e também no exterior. Dão assessoria em marketing e gestão empresarial, além de apoio pedagógico: material didático (apostilas, cadernos de exercícios e CD-ROM, portal na Internet); capacitação a professores e coordenadores pedagógicos, além de serviços como cursos e palestras.

Para escolas pequenas é uma forma de ter um projeto pedagógico interessante e bom material de apoio. O problema surge quando há uma imposição rígida de material e de recursos. Alguns sistemas são mais flexíveis. Diante da concorrência, da dificuldade de captar alunos, é inevitável este tipo de franquias, porque oferecem projetos completos que seduzem os pais e barateiam os custos da escola. Muitos professores se queixam de falta de liberdade e de cronogramas apertados. Algumas prefeituras também estão aderindo a estes modelos padronizados. [8] Embora possamos compreender as razões mercadológicas do sucesso dos grandes grupos e franquias na educação, cada escola pode caminhar na direção da gestão autônoma, adaptada à sua região e não depender tanto de modelos criados uniformemente.

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* Trecho do meu livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá, da Editora Papirus. 2007.

[1] Gilberto DIMENSTEIN. Pro dia nascer feliz. Folha online, 05-02-07. In http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=92e250c30af47010003c9c3114278eb2

[2] Paola GENTILE. GARY WILSON- Nenhuma criança pode ser deixada para trás. Revista Nova Escola. Edição 174, agosto 2004. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0174/aberto/mt_72325.shtml

[3] Ver o conceito de organizações que aprendem em Peter SENGE, A quinta disciplina; Arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. São Paulo, Editora Best Seller, 1990

[4] Pequenos passos, grandes avanços. Revista Nova Escola, agosto 1997. Disponível em: http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/104_ago97/html/gestao.htm

[5] http://www.eb1-ponte-n1.rcts.pt/

[6] www.lumiar.org.br

[7] A diretora da escola sem paredes, Revista Sinapse da Folha. In  www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u908.shtml

[8] Antonio ARRUDA. Escola em larga escala. Folha de São Paulo. Caderno Sinapse

28/09/2004. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u920.shtml

MENSAGENS

“Escola é...
O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.
Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.

PAULO FREIRE




Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta:

"Você tem experiência?"

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.

REDAÇÃO VENCEDORA:

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.

Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho e até já brinquei de ser bruxo.

Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.

Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone.

Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.

Já roubei beijo.

Já confundi sentimentos.

Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.

Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.

Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer.

Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de traseiro.

Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante.

Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.

Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.

Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.

Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.

Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.

Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua experiência?"

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. . Experiência...

Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!!!

Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:

Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?"











ESTA SOU EU...


 Um beijo no seu coração!